A produção mundial de aço bruto, conforme dados divulgados pela Worldsteel Association em seu boletim mensal, atingiu 148,1 milhões de toneladas em janeiro de 2024, representando uma redução de 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Destaca-se que a China, principal produtor global, registrou uma produção de 77,2 milhões de toneladas, refletindo uma diminuição de 6,9% em comparação com o ano anterior.

Contrastando com essa tendência, a Índia, como segunda maior fabricante de aço, apresentou um aumento de 7,3%, alcançando um volume de 12,5 milhões de toneladas durante o mesmo período. No contexto da União Europeia, a produção de aço bruto totalizou 10,2 milhões de toneladas, representando uma queda de 1,8% em comparação anual. Nos Estados Unidos, o indicador registrou 6,8 milhões de toneladas, com uma ligeira variação negativa de 0,3%.

Destaca-se que, segundo estimativas da WorldSteel, o Brasil ocupou a décima posição entre os maiores produtores mundiais, com uma produção de 2,5 milhões de toneladas em janeiro, indicando uma redução de 7,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Na América do Sul, a produção atingiu 3,4 milhões de toneladas, evidenciando um recuo de 6,3% no período de comparação.

Esses dados revelam uma dinâmica complexa na indústria siderúrgica global, com variações significativas nos níveis de produção em diferentes regiões, indicando possíveis impactos no comércio internacional e setores dependentes do aço, como o agronegócio brasileiro.

Desdobramentos

Segundo analistas de mercado, a redução da produção global de aço pode exercer impactos significativos no agronegócio brasileiro, uma vez que a indústria siderúrgica desempenha um papel crucial na fabricação de equipamentos agrícolas, infraestrutura e logística. Vários fatores contribuem para essa interconexão.

O Brasil como grande exportador de commodities agrícolas e  países importadores dependem de estruturas de aço para processar e armazenar produtos, uma redução na produção global pode impactar na capacidade desses países em receber e processar os produtos agrícolas brasileiros, afetando as relações comerciais e a competitividade do agronegócio nacional.

Informações do Broacast