O preço do café subiu na bolsa de Nova York, mas a indicação é de cotações ainda sem tendência definida. Os contratos do arábica para maio fecharam em alta de 1,29% de US$ 1,8515 a libra-peso.

“Os preços são direcionados quando há algum fato novo no mercado, que justifique movimentos de alta ou de baixa. Mas neste momento o mercado está vazio em termos de fundamentos, e por isso ele tende a buscar um cenário de lateralidade”, afirma Fernando Maximiliano, analista da StoneX.

Sem novidades para dar um novo direcionamento aos operadores do mercado de café, Maximiliano diz que os preços seguirão flutuando em Nova York. Os agentes continuarão a se posicionar com base em fatores como estimativa de produção menor no Vietnã e Indonésia, o cenário macroeconômico e ainda os dados sobre a produção no Brasil.

“Quando se trata de Brasil, o foco é saber qual o tamanho da safra no país. Teremos uma colheita maior em relação ao ano passado, mas não será recorde, pois o clima não favoreceu. Além disso, há discrepâncias entre algumas estimativas de produção, e isso contribui para o cenário de volatilidade na bolsa”, acrescenta.

 

Enquanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma oferta de café no Brasil na ordem de 58 milhões de sacas de 60 quilos em 2024/25, há consultorias que falam em cerca de 70 milhões de sacas. A StoneX deve divulgar sua primeira projeção para o novo ciclo na próxima semana.

Cacau

 

Após a queda na última sessão, o preço do cacau voltou a subir. Os lotes para maio, os mais líquidos na bolsa, fecharam em alta de 0,38%, a US$ 5.605 a tonelada. Após os contratos superarem pela primeira vez a barreira dos US$ 6 mil a tonelada, Francisco Queiroz, analista da consultoria Agro do Itaú BBA, acredita em manutenção de cotações elevadas para a amêndoa.