Os preços da soja fecharam em baixa na bolsa de Chicago, mais uma vez impactados pelo cenário macroeconômico adverso, combinado com o avanço da safra nos EUA. Os papéis futuros da oleaginosa para maio fecharam em queda de 1,14% nesta terça-feira (16/4), a US$ 11,45 o bushel.

Assim como na sessão da véspera, o dólar novamente impactou as cotações na bolsa. A moeda americana em alta estimula as exportações do Brasil, ao passo que torna menos atrativa as compras do produto que sai dos EUA. O dólar ganhou novo impulso nesta terça, e chegou a ser negociado a R$ 5,29, renovando máximas observadas desde março de 2023.

Ainda de acordo com Luiz Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, o início do plantio de soja nos EUA favoreceu o recuo nas cotações. Ontem, o Departamento de Agricultura americano (USDA) informou que a semeadura no país atingiu 3% da área esperada para o ciclo 2024/25, de 35 milhões de hectares.

Na mesma época do ano passado, a semeadura também atingia 3%, enquanto a média dos últimos cinco anos é de 1%.

“O mercado entende que o início dos trabalhos por lá representa um aumento da oferta, provocando uma queda nos preços”, comenta Pacheco.

Por fim, ele lembra que com a colheita de soja 2023/24 no Brasil próxima do fim, os agentes têm outro elemento a favor do das cotações na bolsa

“O país enfrentou alguns problemas no plantio e até atrasos da colheita, mas ainda assim terá uma boa safra nesta temporada”. Nos cálculos da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a colheita brasileira deverá ser de 153,8 milhões de toneladas, número considerado elevado por alguns agentes de mercado, uma vez que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma produção de 146,5 milhões de toneladas.

Milho

Nos negócios do milho em Chicago, os lotes do cereal para maio recuaram 0,12% na sessão, para US$ 4,31 o bushel.

Fonte: Globo Rural