O mercado futuro de milho na bolsa de Chicago fechou em alta pela quarta sessão seguinda, nesta quinta-feira (29/2). Os contratos para maio subiram 0,23%, a US$ 4,2950 o bushel. O resultado das vendas dos EUA favoreceu o movimento. As vendas líquidas chegaram a 1,082 milhão de toneladas na semana do dia 22 de fevereiro, acima das 820,4 mil toneladas da semana imediatamente anterior.
A consultoria Granar diz que as condições de clima em solo americano também motivaram a alta. De acordo com a empresa, a falta de umidade em áreas produtoras no Estado de Iowa começam a preocupar agentes de mercado, já que se aproxima a época de plantio da safra 2024/25 nos EUA.
As movimentações técnicas também são positivas para o milho neste momento em Chicago. O número de posições vendidas, ou seja, de agentes apostando na queda nos preços é recorde. Além disso, as últimas altas ainda mantêm os preços nos menores patamares em mais de três anos.
Soja
Sem grandes novidades no mercado de soja, os preços seguem com pouca oscilação na bolsa de Chicago. Hoje, os contratos para maio fecharam em leve queda, de 0,39%, para US$ 11,4075 o bushel.
A demanda por soja dos EUA cresceu na última semana, mas segue em patamares baixos, mantendo os preços no campo negativo. As vendas líquidas do país somaram 159,7 mil toneladas no período de sete dias encerrado em 22 de fevereiro, acima das 55,9 mil toneladas da semana anterior, mas muito próximo do volume mínimo esperado por agentes de mercado, de 150 mil toneladas.
No período, a China foi o principal comprador do grão americano, com a aquisição de 154 mil toneladas. Apesar disso, as importações do gigante asiático ainda estão em um ritmo lento, colocando um fator a mais de pressão para a commodity em Chicago.
Trigo
O trigo ficou praticamente estável na bolsa de Chicago após a queda na última sessão com dados de demanda dando algum alívio para a pressão de baixa. Os contratos para maio fecharam em alta de 0,26%, para US$ 5,7625 o bushel.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) as vendas líquidas de trigo no país ficaram em 327,3 mil toneladas na semana do dia 22 de fevereiro, acima dos 233,5 mil toneladas da semana imediatamente anterior.
A demanda pontual não serve como mudança de tendência, já que a oferta do maior exportador mundial, a Rússia, segue firme.
A consultoria SovEcon estima que as exportações do país em fevereiro tenham chegado a 3,8 milhões de toneladas, volume que, se confirmado, será um recorde mensal. No mesmo mês de 2023, o país vendeu 3 milhões de toneladas e a média para fevereiro é de 2,6 milhões.