Os preços da soja esta manhã sobem na bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento para julho iniciam a sessão cotados a US$ 11,8325 o bushel, alta de 1,09%. Analistas enxergam o movimento de leve alta como correções técnicas do mercado, já que os fundamentos de fraca demanda e grandes entregas não se alteraram e a volatilidade segue implícita para a oleaginosa.

De acordo com o portal americano de análise de commodities Food Business News, o fato de os futuros do óleo de soja terem chegado a valores mínimos contratuais na última terça-feira (30/4) e ter arrastado todo o complexo do grão não sustentaram novas quedas, mas devem ficar no radar do mercado nos próximos dias.

Os preços do milho também abrem em alta nesta manhã. Os papeis com vencimento para julho estão negociados a US$ 4,5725, subida de 1,33%.

Mais um capítulo da Guerra entre Rússia e Ucrânia tem relação com a alta das commodities agrícolas listadas na bolsa americana nesta quinta-feira (2/5). Ontem à noite, o exército russo atacou Odessa, na Ucrânia, com mísseis balísticos.

O serviço de imprensa da Nova Poshta, uma empresa de logística privada ucraniana, informou que um míssil russo atingiu um depósito e departamento de triagem.

Os grãos arrastam o trigo, que volta a subir em Chicago. Os contratos de julho sobem 0,50%, com preços em US$ 6,0225 o bushel.

A realização de lucros com os contratos do mês passado, as projeções de safra nos Estados Unidos e na Rússia, devido as interpéries climáticas se firmam como os principais motivadores da volatilidade das cotações.

No final de abril, a consultoria especializada no mercado russo, Sovecon, reduziu sua estimativa de produção de trigo para 93 milhões e isso reflete nas altas que o cereal teve em abril e pode ter nos próximos dias. O principal motivo da revisão é o clima seco no sul da Rússia, a maior região produtora de trigo do país, respondendo por mais de 40% do total da safra.

Fora do radar

A greve nos portos na Argentina, que também pressionou os preços dos grãos na CBOT, teminou na noite de terça-feira (30/4), após a Câmara dos Deputados aprovar reformas laborais apoiadas pelo presidente Javier Miley, mas contestadas pelos sindicatos das oleaginosas e dos marítimos. A paralisação havia afetado os embarques da oleaginosa, trigo e milho.

Fonte: Globo Rural