Os preços do cacau caíram fortemente na bolsa de Nova York após uma sequência de altas que levaram as cotações a um patamar recorde. Nesta sexta-feira (16/2), os contratos para maio fecharam a sessão em forte queda, de 4,71%, a US$ 5.341 a tonelada.

De acordo com o Zaner Group, houve um um declínio nos contratos do cacau em aberto na bolsa desde meados de janeiro, fato que motiva ajustes técnicos negativos. “Isso indica também que o fervor especulativo está diminuindo”, destaca o Zaner, em relatório.

Por outro lado, a empresa lembra que as condições de clima na Costa do Marfim, o maior produtor mundial, ainda preocupam, com altas temperaturas e poucas chuvas previstas para as próximas duas semanas. Esse cenário tem sido o principal motor para as elevações da amêndoa na bolsa, e também deve sustentar a tendência de alta no médio prazo.

Café

 

O café avançou nesta sexta-feira, apoiado por ajustes técnicos. Os contratos do arábica para maio fecharam em alta de 0,84% de US$ 1,8670 a libra-peso.

Sem novidades relacionadas aos fundamentos de oferta e demanda, os preços seguem o sobe e desce na bolsa. Em cinco sessões, o café avançou nas duas últimas, enquanto fechou em queda nos três primeiros dias desta semana.

Apesar de alguns ajustes positivos, analistas afirmam que não há razões para o café avançar muito além dos patamares atuais. Isso porque há um certo otimismo com a colheita do Brasil em 2024/25.

“Como acontece todos os anos nos cafezais brasileiros nos primeiros meses do ano, os frutos com amadurecimento avançando começam a ‘aparecer mais’ nos pés de café, dando a impressão de que a produção brasileira deste ano será maior do que a anteriormente prevista”, destaca em boletim Eduardo Carvalhaes, analista especializado no mercado de café.

“Essa impressão de safra maior, combinadas com as informações de chuvas de verão caindo em maior quantidade, ajudam a pressionar as cotações”, acrescenta o analista.

Açúcar

 

As negociações do açúcar também foram pautadas por movimentos técnicos. Os lotes do demerara para março fecharam em alta de 1,57%, cotados a 22,82 centavos de dólar por libra-peso.

Os preços passaram por correções após atingirem o menor valor em um mês na última sessão. A baixa foi motivada após a indicação de maior oferta no Brasil na primeira quinzena de janeiro.

Suco de laranja e algodão

 

No mercado de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês), os contratos para março subiram 1,85%, a US$ 3,7140 a libra-peso. Em sentido contrário, o preço do algodão caiu. Os lotes com vencimento em maio recuaram 0,93%, para 94,42 centavos de dólar por libra-peso.