A escalada nos preços do algodão na bolsa de Nova York ganhou força nesta quarta-feira (28/2), diante de movimentações técnicas, combinadas com fatores de demanda e oferta. Os contratos da pluma para maio fecharam em alta de 2,31%, US$ 1,0108 por libra-peso. Os valores não ultrapassavam a marca de US$ 1 desde setembro de 2022.

As cotações estão em uma ascendente há semanas, e já acumulam alta de 26% no ano após as indicações de que os estoques de vendas americanas estão diminuindo. A força dos fundos especulativos também deu um peso importante para as cotações, lembra Eduardo Santiago, consultor de mercado.

Os fundos não fazem parte do comércio físico do algodão, eles apenas fazem apostas no movimento da bolsa, a fim de obter lucros. Embora eles tenham grande importância para dar liquidez ao mercado de algodão, eles também têm força para interferir e influenciar os preços de maneira contundente”, explica Santiago, em relatório.

Somado a esse cenário, os incêndios florestais que atingem o norte do Texas, maior produtor dos EUA, são uma preocupação a mais para os investidores na bolsa.

“Ainda que o plantio de algodão no país esteja distante, os incêndios são um indicativo de que os solos da região estão secos”, diz, em relatório, Jack Scoville, do Price Futures Group.

O analista acrescenta que as previsões meteorológicas para o Texas apontam condições predominantemente secas e temperaturas próximas do normal para a próxima semana.

Café

 

Os preços do café caíram em Nova York, e as indicações são para novas quedas no futuro. Os contratos do arábica para maio recuaram 0,71%, a US$ 1,8175 a libra-peso.

Vicente Zotti, sócio da Pine Agronegócios, diz que o mercado em Nova York segue volátil, porém essa oscilação perdeu força quando comparada com as movimentações do fim do ano passado. À época, o café subia 3% em uma sessão e no pregão seguinte recuava os mesmos 3%.