O número de trabalhadores na agropecuária caiu 6% no trimestre encerrado em janeiro, na comparação como anterior, concluído em outubro, e atingiu 7,865 milhões de pessoas. É o menor contingente da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012. Nesta comparação trimestral, o setor perdeu 503 mil trabalhadores. Em relação à igual trimestre encerrado em 2023, a queda foi de 6,9%.

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) englobam o grupamento de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com peso maior dos dois primeiros segmentos.

Este é o terceiro ano seguido em que há recuo do número de trabalhadores do setor entre novembro e janeiro na comparação com o período imediatamente anterior (agosto a outubro), mas é o mais intenso de toda a série. As taxas foram de -1,3% em 2022 e de -3,1% em 2023.

“Em um trimestre, a queda foi de meio milhão de trabalhadores na agropecuária. Quando vemos por lavouras, há recuo de pessoal ocupado este ano principalmente nas lavouras de milho e de café. Mas não dá para saber como foi nos outros anos”, disse a coordenadora das pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

O número de trabalhadores na agropecuária caiu de 10,147 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2012, para 7,865 milhões no trimestre encerrado em janeiro de 2024, uma queda de 22,5%. Na mesma base de comparação, o pessoal ocupado no mercado de trabalho brasileiro como um todo subiu de 88,011 milhões para 100,593 milhões de pessoas, uma expansão de 14,3%.

Fonte: Globo Rural