Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, as cotações dos produtos suínos devem continuar em alta até o final de junho. Este seria o segundo mês consecutivo de aumento, impulsionado pelo bom desempenho das exportações brasileiras e pela demanda aquecida no mercado interno.
Atualmente, o indicador Cepea/Esalq mostra que o preço do quilo do suíno vivo está em R$ 6,90 no Paraná e R$ 6,50 em Santa Catarina, com altas acumuladas em junho de 11,83% e 8,88%, respectivamente. Já a carcaça suína especial, no atacado da Grande São Paulo, tem preço médio de R$ 10,46 por quilo, registrando uma elevação mensal de 8,28%.
Pesquisadores do Cepea atribuem esse cenário positivo à robustez das exportações brasileiras e à contínua demanda interna, que estão pressionando os preços para cima. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, até a metade de junho, foram embarcadas 70,2 mil toneladas de carne suína in natura, com uma média diária de 4,7 mil toneladas, um aumento de 7,3% em relação a maio e 1,2% em comparação a junho do ano passado.
No mercado interno, a combinação de uma demanda forte com uma oferta reduzida de animais prontos para o abate tem mantido os preços do suíno e da carne suína em patamares elevados.