Duas equipes da Força Nacional de Segurança Pública foram deslocadas do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul para reforçar o combate aos incêndios no Pantanal, especialmente em Mato Grosso do Sul. A seca extrema, considerada a pior dos últimos 70 anos, tem intensificado as queimadas no bioma meses antes do período de maior incidência de fogo.

Um grupo de 40 agentes em 15 viaturas, que saiu de Brasília, está previsto para chegar a Corumbá amanhã. O segundo grupo, composto por dez caminhonetes e um caminhão com suprimentos, deverá chegar à região no sábado (29/6).

Atualmente, segundo informações da Presidência da República, estão em operação 145 brigadistas do Ibama, 40 do ICMBio e 53 combatentes da Marinha, todos engajados no combate aos incêndios. Além disso, foram disponibilizadas quatro aeronaves do tipo Air Tractor, capazes de transportar grandes volumes de água, além de embarcações e dois helicópteros.

O governo de Mato Grosso do Sul relatou que 107 bombeiros militares estão trabalhando nos focos de incêndio, com mais 62 militares estaduais sendo deslocados para reforçar a equipe. Eles contam ainda com apoio de uma aeronave do Corpo de Bombeiros e dois helicópteros da Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo.

Desde maio, a Agência Nacional de Águas (ANA) declarou situação crítica de escassez de recursos hídricos na Bacia do Paraguai.

No âmbito das medidas urgentes, o governo federal criou uma sala de situação em 14 de junho e destinou R$ 100 milhões para contratação de mais reforços pelo Ibama.

Após a assinatura de um pacto com o governo federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul decretaram a proibição permanente do uso do fogo para queima de lixo e renovação de pastagens até o final do ano. Nesta sexta-feira (28/6), uma comitiva interministerial irá a Corumbá para avaliar a situação das queimadas.