O abate de bovinos no país alcançou 9,96 milhões de cabeças no segundo trimestre de 2024, um novo recorde segundo as Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro, e da Produção de Ovos de Galinha: Resultados completos para o segundo trimestre de 2024, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A série histórica da pesquisa começa em 1997.

O resultado significa um aumento de 17,5% ante igual período de 2023 e uma alta de 6,7% na comparação com o primeiro trimestre. Maio foi o mês de maior atividade do trimestre, com abate total de 3,38 milhões de cabeças, 11,6% de expansão ante o segundo trimestre de 2023.

Regionalmente, 26 das 27 unidades da federação tiveram aumento no abate. Apenas o Rio Grande do Sul, devido aos problemas causados pelas enchentes de abril e maio, registrou redução no volume.

O Mato Grosso se manteve como o Estado com maior parcela no abate nacional, com 18,4% da participação nacional, seguido por Goiás (10,5%) e Minas Gerais (10,1%).

Frangos

Segundo o IBGE, o abate de frangos no país totalizou 1,609 bilhão de aves no segundo trimestre de 2024, o que representou alta de 3,2% em relação a igual período de 2023; e crescimento de 1% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.

O resultado do segundo trimestre é o segundo maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 1997. Só ficou atrás do primeiro trimestre de 2023 (1,61 bilhão de aves)

O Paraná se manteve como o principal Estado no abate de frangos, respondendo por 35,1% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,4%) e Rio Grande do Sul (11%). A posição gaúcha no ranking se manteve mesmo com a queda no abate de 24,81 milhões de aves, como consequência das enchentes no Estado.

Suínos

O abate de suínos subiu 2,5% no Brasil no segundo trimestre de 2024, ante igual trimestre em 2023, para 14,567 milhões de cabeças, de acordo com o IBGE. Na comparação com o primeiro trimestre do ano, houve aumento de 3,9% no abate de suínos do país.

Das 24 unidades da federação acompanhadas pelo IBGE neste indicador, 17 tiveram alta no abate de suínos. O estado de Santa Catarina manteve a liderança no ranking, com parcela de 29,1% no abate nacional, seguido por Paraná (21,9%) e Rio Grande do Sul (16,8%).

Ovos

A produção de ovos de galinha foi de 1,61 bilhão de dúzias no segundo trimestre de 2024, segundo o IBGE. O volume subiu 9,8% ante igual período de 2023. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, houve crescimento de 5,6% na produção de ovos.

Quando se considera o resultado por regiões, 20 das 26 unidades da federação com granjas enquadradas no universo da pesquisa tiveram aumento na produção. O Estado de São Paulo, com 26,3% da produção nacional, seguiu como maior produtor de ovos dentre as Unidades da Federação no segundo trimestre de 2024, seguido por Paraná (9,8%), Minas Gerais (9,7%) e Espírito Santo (8,2%).

Leite

A aquisição de leite cru feita por estabelecimentos sob inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal) subiu 0,8% no segundo trimestre de 2024 ante igual período de 2023, para 5,83 bilhões de litros, segundo o IBGE. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a aquisição de leite recuou 6,2%.

Quando se considera o resultado por regiões, 16 das 26 unidades da federação com granjas enquadradas no universo da pesquisa tiveram aumento na produção. Também na aquisição de leite houve impacto das enchentes do Rio Grande do Sul, com queda de 72,56 milhões de litros, a maior entre os Estados.

Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 24,5% da captação nacional, seguida por Paraná (15,1%), Santa Catarina (12,8%) e Rio Grande do Sul (11,1%).

De acordo com o IBGE, o preço médio do leite pago ao produtor teve um comportamento de alta ao longo do trimestre, com o avanço da seca em diversas regiões produtoras, variando de R$ 2,45 em abril a R$ 2,71 em junho.

Considerando a média dos três meses (R$ 2,60), o preço caiu 4,1% em relação a igual período do ano anterior e subiu 15,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024.