O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quarta-feira (3/7) que, se a “produção adequada” de alimentos ocorrer no país, “não haverá escassez de produtos e ninguém aumentará os preços”.

“Esses itens [alimentos] encarecem quando chove excessivamente, e precisamos incentivar as pessoas a plantar o máximo possível”, comentou Lula durante o lançamento do Plano Safra 24/25 para a Agricultura Familiar, no Palácio do Planalto. “O governo deve assegurar que, na época da colheita, as pessoas não sejam prejudicadas”, continuou. “Quanto mais plantarmos, não haverá inflação de alimentos.”

Lula também fez uma piada ao dizer que “o governo está acostumado a lidar com pepino”, referindo-se aos produtores desse fruto.

Agricultura familiar

Lula afirmou que o Plano Safra da Agricultura Familiar lançado nesta quarta-feira “pode não ser tudo que precisamos, mas é o melhor que conseguimos fazer”.

“Foi elaborado de forma coletiva, com muitas contribuições”, disse o presidente. “O pessoal da Fazenda percebeu a importância da agricultura familiar para o país”, elogiou Lula ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao mencionar que, com o plano, “muitos pequenos produtores agora têm crédito a 0,5%”.

Segundo Lula, os beneficiários do programa devem não apenas produzir, mas também garantir que o que foi anunciado seja cumprido. “É crucial saber em tempo real se o representante do banco está dificultando as coisas para vocês”, afirmou o presidente.

Responsabilidade fiscal

Lula também destacou que a “responsabilidade fiscal não é apenas uma palavra, é um compromisso deste governo desde 2003”. “E manteremos isso à risca”, acrescentou.

“Neste governo, aplicamos o dinheiro necessário, gastamos com educação e saúde o que é preciso, mas não desperdiçamos recursos”, disse o presidente. Após comentários sobre o dólar e críticas ao presidente do Banco Central nos últimos dias, Lula não abordou esses temas em seu discurso durante o lançamento do Plano Safra para a Agricultura Familiar.

De acordo com Lula, o governo continuará com “uma política econômica que não cause instabilidade”, referindo-se a um possível aumento do programa no próximo ano. “Teremos uma política econômica que fará o país crescer, continuaremos realizando transferências de renda”, disse o presidente. “E poderemos manter a responsabilidade que sempre tivemos.”