Os contratos de grãos operam em leve alta nesta quinta-feira, em Chicago. Os contratos de soja para julho estão cotados a US$ 11,85 o bushel, com uma alta de 0,66%, enquanto os contratos de milho estão em US$ 4,4425 o bushel, com um aumento de 1%.
Esse movimento acompanha outras commodities em um dia marcado pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu, que tem provocado uma queda no dólar. Não há novidades nos fundamentos que justifiquem o aumento dos preços.
“Ainda há muita soja para ser plantada nos Estados Unidos, e existe um sentimento de que a área semeada pode crescer ainda mais. Resta saber se o clima permitirá isso. Os mapas indicam chuvas benéficas até o dia 15 de junho. Acredito que a soja perde os US$ 11 se o clima for bom”, afirma Ronaldo Fernandes, analista da Royal Rural.
Segundo Fernandes, os dados de plantio da safra americana dão margem para uma expectativa de que a área de soja pode exceder o previsto pelos agentes de mercado. Enquanto o plantio de milho nos EUA chegou a 91%, a soja está com 78% da área plantada.
Diante dessa perspectiva de uma área de soja ainda maior, a produção também pode surpreender positivamente, criando um ambiente favorável para novas quedas em Chicago. “Muita coisa ainda pode acontecer em relação ao clima para as lavouras, mas o mercado já criou esse sentimento de oferta maior de soja nos EUA, e dificilmente vai errar”, pontua Fernandes.
No caso do milho, o analista avalia que a redução da área plantada em detrimento da soja nos EUA ajuda a ‘segurar’ um pouco a queda nos preços. “Mas sem a presença de problemas climáticos, a partir da colheita é possível que as cotações fiquem até abaixo dos US$ 4 o bushel”, projeta.
O trigo acompanha os outros grãos e também sobe nesta manhã, registrando um aumento de 0,43%, a US$ 6,495 o bushel.